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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

DIA DO POETA
























Não sou poeta


Aprecio o dom
daqueles que com esmero
sabem poetizar palavras
fluir sensações
fazer o coração flutuar
e viajar fora do peito

Gosto de sentir
a textura das cores
das letras
A maciez das nuances
das palavras
tombando livres
sobre a folha de papel
deslizando pelo mundo
e colorindo a vida de poesia

Não sou poeta
tenho alma sensível e gosto
da pluralidade de sentimentos
da abstração e beleza do amor
desenhada nas entrelinhas
dos versos e rimas
Gosto da docilidade melodiosa
e do aroma envolvente
que exala da poesia

Vanderluza T. de Albuquerque

terça-feira, 26 de julho de 2011

Um pouco sobre Nathan de Castro!


Nathan de Castro Ferreira Júnior nasceu em 23 de janeiro de 1954, em Olhos d'Água, município de João Pinheiro-MG. Passou a infância e a adolescência na bela cidade mineira de Patrocínio. Foi para a capital paulista em 1969 e depois de três anos em São Paulo, regressou a Patrocínio e ingressou na carreira bancária em 1975, especializando-se em cursos de relações humanas, finanças e áreas bancárias, o que o levou a trabalhar em diversas cidades de Minas Gerais e Goiás. Atualmente, tem residência em Uberlândia/MG.

Trabalhos Publicados:
Painel Brasileiro de Novos Talentos nº 9 – Câmara Brasileira de Jovens Escritores
1ª Antologia Cantinho do Poeta – Câmara Brasileira de Jovens Escritores
diVersos – Antologia do Grupo Pax Poesis Encantada – Scortecci Editora
Seleção de Poetas Notívagos 2001 – Scortecci Editora.
Antologia II Prêmio Literário Livraria Asabeça – Scortecci Editora.
Antologia Poética @teneu.poesi@ - Scortecci Editora.
Sentença de Um Poeta – Livro individual – Blocos Editora, 2003.
1001 Noites de Sonetos & Rabiscos - Livro individual - Scortecci Editora, 2005. 

domingo, 19 de junho de 2011

Maria Gadú: pé no chão e voando alto

A guinada que transformou a paulistana tímida, de mãe hippie, em promessa da música até que foi rápida. Tudo começou quando um amigo a apresentou ao diretor Jayme Monjardim, então em pré-produção da minissérie "Maysa". Maria cantou para ele "Ne me quitte pas", um dos hits de seus shows de bar, numa versão suingada, a léguas da gravação dramática de Maysa. Impressionou tanto que ganhou um lugar na trilha sonora e numa cena, em que se apresentava, de smoking, numa boate. Pouco mais de quatro meses depois, tinha virado xodó de medalhões da MPB.

Sonhos Roubados Maria Gadú

Eu não sei
onde eu deixei
ou se alguém veio roubar
aquele sonho que sonhei
já não sei onde andará
Prefiro nem dormir
me esquecer de sonhar
eu quero
quero muito
quero agora
sem demora
o meu desejo
ninguém vai roubar
Eu sou escravo de sonho
arca imensa armadilha
Ao meu caminho eu que faço
sou eu que traço essa trilha
A minha esperança eu invento
Sempre em movimento
Não tem parada pra mim
não tem nem lamento
é bom ficar ligada
a vida é tudo ou nada, e não tem talvez
vai pedalando a sua lucidez
vai nessa levada
e não vai ter uma outra vez
Ninguém vai me dizer
como devo me virar
eu quero
quero muito
quero agora
sem demora
o meu desejo
ninguém vai roubar
To no meio da rua
to querendo viver
to querendo essa lua
to querendo você 
Eu não sei
onde eu deixei
ou se alguém veio roubar
aquele sonho que sonhei
já não sei onde andará
Ninguém vai me dizer
como devo me virar
eu quero
quero muito
quero agora
sem demora
o meu desejo
ninguém vai roubar
To no meio da rua
to querendo viver
to querendo essa lua
to querendo você 

Altar Particular Maria Gadú Composição : Maria Gadú

Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal
E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós
Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor

Encontro Maria Gadú Composição : Maria Gadú

Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você

Tudo Diferente Maria Gadú Composição : André Carvalho

Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Você passa, eu paro
Você faz, eu falo
Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem
Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo
Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Dona Cila Maria Gadú Composição : Maria Gadú

De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Deságua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim

Laranja Maria Gadú Composição : Maria Gadú

Ô menina, parece índia Ianomami seu cabelo preto breu
Simula um toque, que desabroche
Esse teu casto mastigado pelo meu
Se quer tamanho vou despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu
Ô menina, parece índia Ianomami seu cabelo preto breu
Simula um toque, que desabroche
Esse teu casto mastigado pelo meu
Se quer tamanho vou despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu
Venha sem chão me ensina a solidão de ser só dois
Depois te levo pra casa
Que o teu laranja é que me faz ficar bem mais
Ô menina, parece índia Ianomami seu cabelo preto breu
Simula um toque, que desabroche
Esse teu casto mastigado pelo meu
Se quer tamanho vou despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu
Venha sem chão me ensina a solidão de ser só dois
Depois te levo pra casa
Que o teu laranja é que me faz ficar bem mais
Se quer tamanho vou te despir a alma
E afogar a calma salivando um beijo teu
Siga a seta e diga que sou seu

A música que é poesia por Maria Gadu

Mayra Corrêa Aygadoux, mais conhecida como Maria Gadú (São Paulo4 de dezembro de1986), é uma cantoracompositora de canções e violonista brasileira de Música Popular. Desde sua estréia, Maria chamou a atenção de público e crítica, sendo indicada duas vezes ao Grammy Latino.

Biografia

Paulista, foi introduzida à prática musical ainda na infância. Aos 7 anos de idade, já gravava músicas em fitas cassetes. Fez poucos meses de aulas de violão, longe do suficiente para lerpartituras, mas o necessário para criar suas próprias canções. Fez desde os 13 anos showsem bares e festas de família em sua cidade de São Paulo. Mudou-se para o Rio de Janeiro no início de 2008, quando começou a tocar em bares da Barra da Tijuca e da Zona Sul. Sua carreira passou a ter ascensão ao despertar atenção de famosos ligados ao meio musical, como Caetano VelosoMilton NascimentoJoão Donato, dentre outros. Maria Gadu ganhou destaque ao interpretar "Ne me quitte pas", de Jacques Brel, para o diretor Jayme Monjardim, que estava em fase de pré-produção da minissérie Maysa - Quando Fala o CoraçãoMaysa Matarazzo, cantora e mãe do diretor, fez muito sucesso nas décadas de 1950 e 60 cantando, dentre outras, esta canção. A versão de Gadu, logo, foi incluída na trilha sonora da minissérie que estreara em janeiro 2009, na qual a cantora, ainda, fez uma participação especial como atriz.
No início de 2009, aos 22 anos de idade, Maria Gadú preparava seu primeiro álbum,[2] homônimo, lançado pelo selo SLAP, da gravadoraSom Livre, e produzido por Rodrigo Vidal. Além disso, iniciou uma temporada de shows no Cinemathèque, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Após o lançamento do álbum em meados de 2009, a cantora, rapidamente, foi ganhando espaço na mídia brasileira.[3] A canção "Shimbalaiê", sua primeira composição aos 10 anos de idade, foi incluída na trilha sonora de mais uma produção da TV Globo, desta vez emhorário nobre, a novela Viver a VidaNe me quitte pas foi regravada e, junto com "A história de Lilly Braun", está na trilha sonora da minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva.
Gadu, participou de um show do cantor e compositor sueco-americano Eagle-Eye Cherry em São Paulo, no dia 21 de Janeiro de 2010, realizado na Via Funchal. O show foi registrado para o DVD ao vivo do cantor[4].
Maria Gadu conta sempre com seu parceiro Leandro Léo em seus shows, amigo íntimo de gadu canta com ela canções como: Linda Rosa, Laranja, como também "A falta que a falta faz", demonstrando sempre seu carinho por Gadú com demonstrações de amor em shows e vídeos.
Também participou do CD e do DVD do álbum N9ve da cantora e compositora de canções Ana Carolina cantando a música inédita "Mais que a mim"[5][6].
No dia 21 de fevereiro de 2010Maria Gadu ganhou disco de ouro pela vendagem de mais de 50 mil cópias do seu 1º CD.
A trilha sonora do filme Sonhos Roubados tem a participação de Maria Gadu na faixa principal. A faixa homônima ao longa saiu na internet em Abril e foi lançada para promover o filme.[7]
Também em 2010, a cantora fez uma participação com Xuxa em seu XSPB 10, cantando a música "O Leãozinho" de Caetano Veloso. No mesmo ano recebeu duas indicações ao Grammy Latino, nas categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Album de Cantor/Compositor.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Toda ternura de Priscila Rôde -

MAR INTIMO -http://priscilarode.blogspot.com/

Sobre a autora

Por Fernanda F. Fraga.


Priscila Rôde nasceu em Salvador (BA), em 02 de maio de 1991. Aos 15 anos deu seus primeiros passos na literatura. Ela é uma insaciável amante das palavras. Ao lê-la sinto uma entrega, uma corrente de confissões libertas, em que falar por meio da escrita seja uma válvula de escape de seus íntimos chamados, ondas em combustão tão elevadas que só a poesia suporta, sem necessariamente pedir ao fogo que os aplaque. Deixa queimar, na pele, todos os mares que são despojados de sua alma, serenamente, outrora furiosamente em erupção. Priscila é mais alma que corpo, coração que mente. Seu elemento é o Amor, seu ungüento é a palavra. Ela quer condensar o seu coração, mas não tem forças para conter ou resumir tanta paixão. Tantas pulsações, tantos mares em si, tantos desejos, que agora dizem a ela que não há mais tempo para contê-los. Há que contá-los, revelá-los. Eu a vejo nesse exercício de despir-se nessas ondas. E sei que, nos mares, há o benefício da Purificação. Seus textos nos afetam densamente... porque é puro afeto, sedução e carinho.
Não existe aquele que leia Priscila Rôde e não sinta afagado com suas palavras. Mesmo quando traduz a dor que sente. Ela finge não senti-la senão como esperança ou – quem sabe – ansiedade pelo prazer... um prazer que provoca a felicidade e constitui tão-somente um pedágio para a permanência.
O Blog Mar-íntimo parece nos convidar a abandonar esse mundo de aparências e a penetrar o mais fundo possível no que temos de mais nosso, de mais privado: o coração da nossa Alma.
Ela mergulha no avesso dos sonhos, das realidades e senti tudo e todos. Procura pela escrita refletir seus conflitos ora em busca de entendimento, ora em busca da sua própria Libertação. Através da variedade de sentimentos, sabe como uma verdade sua transmuta a intensidade dos seus anseios entre as palavras que delicadamente arquiteta e nos põe em oferta para degustá-la, como frutos de Amor. Sabe registrar no papel tudo aquilo que lhe foi doído e merece ser honrado e expostos em seu blog. Venho conhecendo o trabalho maravilhoso de Priscila e em seus textos sinto à procura de uma alma que se abrigue, de uma sensibilidade que a recolha. Pode ser notado nas profundezas desse Mar, por vezes agitado outras tão sereno, que cada letra ou sentimento que lá está escrito, é moldado uma mulher-menina, mais alma, que corpo.




*Fernanda F. Fraga é poetisa, escritora, pianista e Fisioterapeuta. Participou ativamente desde 2003 de eventos culturais do Salão Nacional de Poesia Psiu Poético em Montes Claros – MG. Autora do livro de poesias “Os Olhos do Coração" publicado em 2003 pela editora Unimontes e autora do Blog “Me Falta Um Pedaço Teu”: http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com

Rir com o coração

Seja lá qual for o motivo, vamos rir de mim agora, depois não. Depois traz muita mágoa pra pouco tempo. E lá fora, quem é feliz mesmo sabe descuidar muito bem dessas vinganças bobas que querem morar nos caminhos mais queridos e sabe também que nem sempre quem rir por último, rir melhor - e com o coração. Felicidade também se improvisa. Há que se ter muito humor, dos bons, para atravessar o imprevisível dos dias.

Riso atrasado não sabe como a vida fica mais leve quando partilhamos tantos tropeços e bobagens no tempo certo do coração. Perde a graça (e o começo).

(Priscila Rôde

De mãos dadas

É,
de mãos dadas o mundo tem mesmo outro movimento.
Por isso que, às vezes, o meu parece não querer sair mais do lugar
e dá voltas no mesmo restinho de história só para me ver voltar
com um bom nós estampado nas paredes e aquela mãozinha esperta
segurando o tempo, entende?

É que de mãos dadas, os movimentos do mundo todo fazem belas poesias da gente!

Nada para deixar passar, nada para repor nem supor:
juntos, amamos do tamanho (imenso) do amor.
Priscila Rôde

Do que é preciso

É preciso estar com o coração tranquilo e atento
para ouvir a delicadeza de cada momento e enxergar
o melhor que há no pior de cada um.

Na espera, Deus não vê olhares soltos no tempo
nem dor resumindo os nossos passos.
Só encontros.

É preciso estar.
Tudo o que somos, já é milagre.

Priscila Rôde

Morar dentro de alguém

Tão bom morar dentro de alguém
Que não mede esforços nem dosa sonhos
Que sabe que está doendo só de olhar, de longe
Que não economiza afetos e carrega no abraço
O melhor instante do mundo

Alguém,
Que é o retrato da nossa escolha mais bonita
Que é lugar certo para ir e voltar várias vezes num só dia,
Que grava os passos nas entradas e saídas
E que cuida com a certeza de quem vai durar
Mais que uma vida.

Tão bom ter alguém
Para morar, decorar e guardar.
Para lembrar de ficar
Para esquecer que vai passar
E dar um jeito de estar,
"por um segundo mais feliz".
(Priscila Rôde)

Dos voos...

Confesso que, quando coloquei poesia em tudo, acordei sofrendo de um querer solar que aquecia bons milagres dentro e fora de mim. Foi quando vi o amor chegar. Pra mim, ele não veio "para trazer o dia, devolver a minha alegria" - ela já estava lá, inteira -. O amor veio para recolher as minhas estrelas, curar as minhas pernas e me fazer levantar. Estragou as minhas chatices. Agora eu escrevo para brincar com o rumo das coisas e permitir que a minha espera poética toque o querer de alguém. Sem ser urgente. 

Só consigo ser o que Amor quer que eu seja. Não sei ser diferente. Se não for assim: não brilho, não escrevo, não quero.
Priscila Rôde

Não sei se você sabe

Não sei se você sabe, se você percebe que tudo o que acontece chega a mim num formato só e tem cheiro de amor, de terra molhada, de riso pulando na cama. Cheiro de uma saudade macia que me entrega novas possibilidades poéticas. É que prestando atenção em tudo, emprestando a nossa atenção ao mundo que cada um leva, que cada um inventa, seremos bons frutos das tantas renovações, dos tantos jeitos, das tantas intensidades que moram na mesma vontade de fazer com que tudo alcance a experiência do eterno.

Não sei se você sabe, se você percebe que tudo o que acontece, acontece para quem sabe carregar os ensinamentos do outro no instante em que a tristeza se repete. Que tudo o que acontece, acontece por essa gente que é bordada de sonhos e de tudo o que é muito preciso e precioso. E que a nossa gente, quer sempre tão pouco. Quer a delicadeza dos instantes restantes, quer a oportunidade de ficar pra sempre. Algo que transborda e basta, em grandes e infinitas proporções.


Não sei se você sabe, se você percebe quando não há outro jeito.  Que só assim, de pouco em pouco, com as miudezas entrelaçadas que aprende - se a coragem de ser imenso.
Priscila Rôde