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terça-feira, 13 de outubro de 2009

ੴ Pαty Pαdilhα - Poetαs e Poesiαs

As Minhas Mulheres! 
Há registro de muitas mulheres
que em mim habitam.
Umas são doces, delicadas.
Outras são inquietas, desajustadas.
Fantasmas perdidos, pequenas pedras,
dando forma a alguma coisa.
Borboletas enclausuradas
a procura de liberdade.
Liberdade da Alma.
Querendo ser como a Fênix
renascendo das cinzas e
alçando vôos ao infinito
sem destinos, sem rumo certo.
Minhas Mulheres!
Mulheres encantadas
cheias de graça.
Que caminham serenas,
por sobre a areia,
de uma praia deserta,
como se a vida fosse um
Mar Azul colorindo a Terra.
Minhas Mulheres ardentes,
Minhas Mulheres apaixonadas.
Apimentadas.
(Paty Padilha)

Série Paty Padilha












 


 

Série Arte em imagens e poesias Blue




 


 


 


 


 

Série Clarice Lispector


Clarice Lispector (1920 - 1977), escritora brasileira de origem judia nascida na Ucrânia




Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
(A Hora da Estrela)


“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”

Texto extraído do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.

“Sou tão misteriosa que não me entendo.”




 


 

Temperamento impulsivo

       “Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
       Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”







 


 


 


 

Lúcida em excesso

       “Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.







 


 


  
E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano