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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ana Jácomo a poeta com alma perfumada


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

quinta-feira, 29 de julho de 2010


Ana Jácomo

Eu vim aqui me buscar. E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava, o medo costuma ver as distâncias com lente de aumento. Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia. Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava. Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais. Encolhida.



Ana Jácomo

O lugar onde eu mais aprecio estar é o vasto e arejado jardim do coração tranquilo. Nele, não sinto necessidade de entender coisa alguma. Não pergunto nada e nem preciso responder. O falatório desgastante, geralmente improdutivo, dos pensamentos abre espaço para o sorriso bom da paz. Nele, os problemas todos continuam a existir, as pendências, as dores, os embaraços, mas assim mesmo eu descanso. As coisas são como podem ser e eu não tento interromper o fluxo da vida.

Não espero nada, porque tudo o que mais importa já está ali, não há felicidade mais pura do que essa que não depende de nenhuma motivação externa para cantar. Nele, eu me sinto em casa de novo, relembro a textura suave da nossa verdadeira natureza, perene e inalterável, ainda que nos afastemos muito dela e raramente consigamos estar no seu abraço. Por mais que eu a esqueça pouco tempo depois, e sempre a esqueço nos rodamoinhos emocionais do cotidiano, nunca saio com as mãos vazias: trago de lá algumas mudas de sol que, mesmo quando eu não percebo, me ajudam a clarear os trechos de breu do caminho.

Ana Jácomo


Tem dor que vira companhia. Olhando de perto, faz tempo que deixou de doer, só tem fama, mas a gente não solta. Quem sabe, pelo receio de não saber o que fazer com o espaço, às vezes grande, que ficará desocupado se ela sair de cena. Vazio é também terreno fértil para novos florescimentos, mas costuma causar um medo inacreditável.

Quando, finalmente, criou coragem e deixou de dar casa, comida e roupa lavada para a tal dor, ela desapareceu.

Ana Jácomo

Chega um momento em que a gente se dá conta de que, às vezes, para sermos verdadeiros com nós mesmos, precisamos ter o desprendimento para abençoar as tentativas sem êxito, agradecer pelo o que cada uma nos ensinou, e seguir. De que, às vezes, para se reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração. De que o nosso coração é essencialmente amoroso, o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas. De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus. E, vez ou outra, quando em plena comunhão criativa, entra lá, pega uma muda de planta e traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo.

ANA JACOMO


Cheiro de flor quando ri 

http://anajacomo.blogspot.com/


sábado, 10 de julho de 2010

PUBLIQUE UM COMENTÁRIO,

Ginna Gaiotti®:


Glorinha,
poucas coisas na minha vida me emocionaram
como a homenagem a mim no teu Blog lindo.
Eu to aqui pasma, boba, feliz... chorando.
Meu Deus! Que coisa linda... eu não mereço...

To sem palavras.
A palavra "obrigada" é ínfima para expressar o que estou sentindo...
O poema do Joe, seus cartões...
Como agradecer???

Receba todo meu carinho e admiração.

Om Shanti Om!
Awen......................................................

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Poeta Ginna Gaiotti

Seja novamente Bem Vinda Ginna Gaiotti


















 Ginna...

Se você sumir, eu sofrerei...

Não ficarei calmo!

Amiga, gostaria muito

de estar com você em tuas fases

Suas mãos segurar...

Mostre-me sem medos

o teu lado negro...

Na tua eclipse quero contigo estar

conversarei com a luz

eu sei que me ouvirá

devolverá o teu brilho ...

E eu a trarei de volta

para conosco ficar

 (Joe Luigi)


Poema dedicado a amiga Ginna Gaiotti

http://poesiacarinho.blogspot.com/2008/08/poema-dedicado-amiga-ginna-gaiotti.html

 

Eu sempre volto... Sou um cometa desgovernado.

"...E se eu sumir,

Acalma-te...

Até a Lua tem fases!...

Por que te mostrar meu lado negro?

Sossega-te...

Sou eu em eclípse.

Então,quando a Luz me retornar,

voltarei com ela..."

(Ginna Gaiotti)

Video com fotos e musicas que Ginna tanto gosta

Ginna Gaiotti


Dizem que quem se
descreve, se limita.
Não concordo.
Ao descrever-me,
exercito o que de
"humano" há em mim.
É a oportunidade
que tenho de mostrar
defeitos e virtudes.
Isso não é limitar-se,
é praticar auto crítica.
Gosto de descrever-me!
Alivia minha alma e
poupa meus ouvidos de
perguntas estúpidas,
como por exemplo:
"Por que não disseste
que tu eras assim?"
Prefiro ouvir somente:
"tu já tinha me avisado..."
Mas, a auto descrição
requer que sejamos
verdadeiros e honestos.
Por isso que não tenho
medo de descrever-me
com tanta frequencia.
É como se me redimisse,
liberto-me assim, de
desculpas hipócritas!

Bendita sejas Tu,
Auto-Crítica-Redentora!...

(Ginna Gaiotti®)

http://muraldosescritores.ning.com/profile/GinnaGaiotti

Ginna Gaiotti® ♥Vι∂α & Pσємα♥




Ginna Gaiotti® ♥Vι∂α & Pσємα♥


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