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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!Poeta Marla de Queiroz


Eu te desaconselho a me procurar: eu sei onde te encontro antes de me perder por aí.Só não quero deixar pegadas enquanto repenso em qual bifurcação desisti de seguir adiante.Não sei se fiz a coisa certa ao me desvencilhar daquela nossa rotina hiperbólica. Porque preciso de muita paixão, enquanto rezo pela calmaria. É que eu preciso de muitas questões, enquanto fujo para obter respostas...

Não queria escrever um texto, mas um sopro.Desses que tiram o fio de cabelo do teu olho, talvez a única coisa que falte pra deixar sua lágrima evidente.Talvez a única lágrima capaz de desatar esse seu nó na garganta, latente. Até que o choro venha espesso e a alma possa se acalmar no cansaço da dor. E com toda essa emoção sendo despejada, você consiga perceber que não precisa racionalizar nada pra se sentir melhor. Isto é clichê. E que você nem precisa se tornar uma pessoa melhor agora, neste exato momento em que tudo é culpa.Você só precisa conseguir acolher o seu ser assustado. Traze-lo pra sua respiração até que ele se tranqüilize.Você não precisa entender essa angústia. Você não precisa disfarçar tua confusão, nem negar o teu “eu inferior” que tem tanta beleza quanto a parte mais sábia de você. Você só precisa limpar da sua voz esse choro contido: pra que possa pedir ajuda ou desculpas com toda a clareza da força do teu coração.
Este texto, por exemplo, pretendia ser um sopro.


Marla de Queiroz

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