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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

HIBRIDISMO LINGUÍSTICO

Sou discípula das palavras subversivas
da língua insubmissa pela própria natureza
que não se dobra a doutrinas castradoras
nem cala a boca para as sentenças normativas.

Falo na língua que tem sangue nas veias
- que língua sem sangue ou sem pigmentação
não tem história: é língua-pálida, língua-amorfa!
E eu me pinto em dialetos da minha miscigeNAÇÃO.

Tenho na boca um idioma que dança,
que batuca, que se alegra e que se enfeita
com cocais, com colares, com sotaques
com as sílabas todas desta gente bra-si-lei-ra.

Katyuscia Carvalho

Um comentário:

  1. As palavras da Katy tem sempre gosto de terra, que se fecunda, que gera...
    Tem sempre cheiro de mar, onde se mergulha, até se sentir perder o ar...
    Tem som de batuques e atabaques mas tb do gorjeio dos pássaros, e o gralhar das gaivotas em vôos a planar...
    Tem jeito de açoite mas tb de afago...é cheia de ambiguidade, tem os pés fincados a terra, tem cheiro de mato, de barro, de seiva das arvores...mas sabias suas palavras tb sabem voar...tem acima de tudo personalidade nordestina e tb brasileira.

    Sou fã dessa moça...

    Muito merecida a homenagem.

    Bjos as duas

    Erikah

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