Confesso que, quando coloquei poesia em tudo, acordei sofrendo de um querer solar que aquecia bons milagres dentro e fora de mim. Foi quando vi o amor chegar. Pra mim, ele não veio "para trazer o dia, devolver a minha alegria" - ela já estava lá, inteira -. O amor veio para recolher as minhas estrelas, curar as minhas pernas e me fazer levantar. Estragou as minhas chatices. Agora eu escrevo para brincar com o rumo das coisas e permitir que a minha espera poética toque o querer de alguém. Sem ser urgente.
Só consigo ser o que Amor quer que eu seja. Não sei ser diferente. Se não for assim: não brilho, não escrevo, não quero.
Priscila Rôde
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