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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Uma canção lambe a noite caída d’um búzio à letra da tarde
a letra nascida da exaustão

Quando a espera é tanta, embala-nos o cansaço a maré
Na rede, soltam-se os remos…

Há rendidos a trocar sonhos por salva-vidas
Sobreviventes à espera da ressaca nova

Seres que da vida vivem sua volta
qual mulheres de pescadores e suas rendas e lendas

marcando encontro com náufragos
com os que arrastam o hoje tardio até a borda

Marulhos de semprespera, seixos de contartempo
e uma garrafa a aportar para os que encalham no cais

O que espera dos seus a vida?
Secarem os dias? Ou morrerem afogados de alto-amar?
Katyuscia Carvalho

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