HIBRIDISMO LINGUÍSTICO
Sou discípula das palavras subversivas
da língua insubmissa pela própria natureza
que não se dobra a doutrinas castradoras
nem cala a boca para as sentenças normativas.
Falo na língua que tem sangue nas veias
- que língua sem sangue ou sem pigmentação
não tem história: é língua-pálida, língua-amorfa!
E eu me pinto em dialetos da minha miscigeNAÇÃO.
Tenho na boca um idioma que dança,
que batuca, que se alegra e que se enfeita
com cocais, com colares, com sotaques
com as sílabas todas desta gente bra-si-lei-ra.
Katyuscia Carvalho
da língua insubmissa pela própria natureza
que não se dobra a doutrinas castradoras
nem cala a boca para as sentenças normativas.
Falo na língua que tem sangue nas veias
- que língua sem sangue ou sem pigmentação
não tem história: é língua-pálida, língua-amorfa!
E eu me pinto em dialetos da minha miscigeNAÇÃO.
Tenho na boca um idioma que dança,
que batuca, que se alegra e que se enfeita
com cocais, com colares, com sotaques
com as sílabas todas desta gente bra-si-lei-ra.
Katyuscia Carvalho
As palavras da Katy tem sempre gosto de terra, que se fecunda, que gera...
ResponderExcluirTem sempre cheiro de mar, onde se mergulha, até se sentir perder o ar...
Tem som de batuques e atabaques mas tb do gorjeio dos pássaros, e o gralhar das gaivotas em vôos a planar...
Tem jeito de açoite mas tb de afago...é cheia de ambiguidade, tem os pés fincados a terra, tem cheiro de mato, de barro, de seiva das arvores...mas sabias suas palavras tb sabem voar...tem acima de tudo personalidade nordestina e tb brasileira.
Sou fã dessa moça...
Muito merecida a homenagem.
Bjos as duas
Erikah