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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para cultivar a rosa

O espinho
fino
em tua carne,
ela não quis
fazer entrar.
Pra que a rosa
delicada
se desarme,
é preciso
esperar
que o sol
se recolha
ao fim da tarde
e a noite
comece 
a se espalhar,
calma e plena
de possibilidades...
Pra que a rosa
delicada
se revele,
é preciso
em seu perfume
acreditar,
adentrar suavemente
o seu veludo,
e calmamente,
num instante fundo e mudo,
sem temores,
sem anúncios...
só amar.
Cio Nascimento

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