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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Minha bagagem é a roupa do corpo.





Chega um momento


em que somos aves na noite,
pura plumagem, dormindo de pé,
com a cabeça encolhida.
O que tanto zelamos
na fileira dos dias,
o que tanto brigamos
para guardar, de repente
não presta mais: jornais, retratos,
poemas, posteridade.
Minha bagagem
é a roupa do corpo.


Um comentário:

  1. Eu gosto mas falta algo, acho que perfi a inocencia, mas vou voltar aqui para ler mais !!!Beijos !!!

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